quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando um moleque hiperativo resolve passar uns dias em casa - parte 1 ;

Minha madrinha (que também é minha prima e tem seus 30 e tantos anos) teve um filho em meados de 2010. Não lembro bem a data, só sei que era na época da copa do mundo (que a internet me diz ter acontecido entre 11/06 e 11/07). Desde então meus dias de paz aqui em casa passaram a sofrer interrupções, quando porventura o garoto vinha pra cá por motivo qualquer (que não necessariamente - e raramente, na verdade - visitas de fim de semana). Quando ele ainda não fora mandado pra creche, o maior problema era fazer o pequeno parar de chorar quando era deixado aqui. Queria a mãe a todo custo, mas ela tinha que trabalhar. E convenhamos que não é legal ser acordado com berros de criança na melhor parte do seu sono.



Bom, o que acontece é que o garoto tem em seu subconsciente a minha casa como seu hospital. É assim porque em 95% das vezes que ele vem pra cá é porque tá doente. No começo era um problema, mas agora já acostumou com a ideia de encher a minha paciência e quebrar a harmonia da casa. "Ah, mas Rafael, crianças são tão bonitinhas, aposto que ele deve gostar de você e..."
NÃO. Não são bonitinhas quando você tem que cuidar delas e ficar correndo atrás, tendo paciência master e torcendo pra que ele não tenha uma ideia genial de mexer no que não deve. Mais que isso, quando faz tudo isso e eles não são seus filhos. Pensando no plural que usei agora, percebi que poderia ser pior se fossem mais crianças. Que continue assim.

Como se não bastasse as burocracias comuns daqui de casa, quando o garoto vem fazer uma visita todas elas são multiplicadas por algum número exagerado. Como se não bastasse já ter que atender o telefone que ninguém nunca atende (salvo minha mãe, quando está do lado dele), desligar TV e luz que os outros deixam ligados quando resolvem ficar 2 minutos em um cômodo, as pequenas tarefas imbuídas normalmente ao meu irmão (como buscar algo na dispensa - já que ele é mais alto e não usa a escada na maioria das vezes) também  são empurradas à mim. E tudo isso enquanto fico no pé do moleque patrulhando suas ações perversas. A minha sorte é não ter que dar a comida pra ele, muito menos trocar as fraldas (aliás, se tivesse que fazer isso eu iria cobrar COM CERTEZA).

Meu irmão, aliás, que normalmente fica perguntando à minha mãe ansiosamente quando o pequeno irá vir pra cá, resolve ficar quieto no canto dele como se nada tivesse acontecendo. No máximo enrola uma meia horinha com ele quando o menino vai atrás perturbá-lo. É tudo fachada.
Minha mãe faz basicamente todo o resto. Cozinha, dá comida, banho, troca as fraldas e ainda dá atenção, mas é natural. Ela tem dois filhos e é uma segunda mãe pra minha prima, e também não faz muito além disso porque suas tardes se resumem a assistir novelas e tal.

Até então essas visitas não eram tão extensas, ou tão enlouquecedoras. No máximo ficavam aqui uns 2 dias,  quando dormiam ou pelo menos no(s) dia(s) em que ele estava mais doente, mas não passava disso. Até que chegou segunda feira (precisamente dia 6). A saga dessa semana aparentemente chegou ao fim. E eu paro por aqui, MAS, como ela tem se apresentado no melhor estilo Kinder Ovo, deixarei para a  próxima postagem quando tiver CERTEZA que acabou. Cuidar de cachorros seria BEM mais fácil.


Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...