Noutro dia no Twitter li um tweet de um ex-professor e atual colega de microblog, no qual ele dizia ter chegado ao 40º filme assistido no ano, de acordo com sua contabilidade. Fiquei curioso pra saber o quanto tinha assistido até então, portanto procurei nos meus arquivos (Filmow, principalmente) pra lembrar qual tinha sido o primeiro filme que assisti em 2013.
Percebi então que minha contagem era vergonhosa. Gosto muito de cinema, embora não seja nenhum crítico chato, ou seja um expert dos detalhes mais relevantes, como fotografia, trilha sonora e direção de arte, mas tenho aprendido bastante ultimamente. Embora não pareça, tenho assistido bastante coisa e começado a reparar mais nos detalhes. Mas sou meio apreciador de tudo. Não tem muitos filmes que eu desgoste, e fale "mas que bosta, perdi meu tempo!", costumo gostar minimamente da maioria. Excetuando o G.I. Joe: A Origem de Cobra, que é o único que me vem à mente agora, que assisti no cinema e, sinceramente, não valeu nem pelas cenas de ação direito. Quer dizer, também tem o 2001: Uma Odisseia no Espaço, do aclamado e amado (também gosto muito dele, não se irritem por favor) Kubrick. Foi um dos filmes que me fez começar a acordar pros detalhes da cinematografia, e perceber que era uma obra prima (mas não vou ficar falando dele porque o post não é sobre ele), importantíssimo pra época, para o gênero e bla bla bla, mas ô filme chato hein. Sério, acho que todo mundo deve assistir (pra perceber a obra), mas munido de muita paciência (e sem sono!). Aliás, adoro ver referências a ele. Quando não são geniais, são divertidíssimas.
Enfim, falei, falei e não disse nada. Assistira 10 filmes até então. E esse então, diga-se de passagem, era na segunda semana de abril. Estava envergonhado pelo péssimo desempenho. Para me desculpar (a mim, não devo a ninguém), só levando em conta as 4 temporadas e meia de Breaking Bad, além das 2 de Scandal que assisti esse ano. Percebi então que deveria reverter esta situação. Minhas pequenas férias entre períodos da faculdade (é, aquelas por conta da greve do ano passado) chegaram e eu teria então duas semanas para colocar um pouco do que devia em dia. Montei uma lista no IMDB, marquei os que já assistidos e me pus numa pequena maratona. Recordei de uma página no Facebook que era algo como "365 filmes em um ano" e me dispus a assistir um filme por dia até o fim desse recesso. Não vou citar agora (e nesse post provavelmente) os que assisti neste ano antes da maratona porque aí ficaria maior que já está.
Só um parêntese para explicar o que rolará abaixo. Não darei spoilers, tampouco darei notas para quesitos (talvez para o filme), por 2 motivos: não me considero apto para tal, não sou crítico e nem sempre atencioso a detalhes, e não quero influenciar (tanto) na sua opinião pré-filme, caso não tenha assistido. Pode ser perigoso criar expectativa, principalmente num review leigo. Os filmes que escolhi não tem propósito nem ordem estabelecida, geralmente são filmes que já estavam baixados mas intocados, ou filmes que estavam na minha lista de MUST WATCH e por acaso encontrei eles no Netflix. Mas devo explicar as escolhas, fiquem de boa.
Comecei numa sexta-feira, com um filme que postergava a muito tempo, mas que só tinha procurado pra assistir devido à uma música que contém uns quotes do filme. O filme é A Orgia da Morte (The Masque of the Red Death, no original), que é um filme de terror das antigas, com um roteiro meio esquisito, pesado, embora inteligente, mas que valeu também pela atuação do Vincent Price.

Domingo eu fiquei devendo, não fiquei em casa por muito tempo e acabei chegando cansado, daí cabulei o filme deste dia, perdão.



Quarta chegou. A preguiça bateu, e acabei demorando a decidir um filme. Abri então o Netflix e peguei o primeiro filme de comédia que estava na minha lista. Segurando as Pontas (Pineapple Express) era o filme da vez. Dizer que esperava mais de um filme com o Seth Rogen (gosto das atuações dele, acho engraçadas), mas a dupla com o James Franco não foi péssima. Não ri gargalhadas, mas me diverti, então valeu. Não vale um dia pra assistir, mas se você não tiver nada melhor pra fazer, bem, é melhor que nada.
Na quinta eu resolvi dar um pulo no cinema. Peguei uma das indicações de filme que tinham me dado (embora a pessoa não tenha assistido e quando mencionou eu achei que fosse alguma continuação de Mamma Mia - "tenho cara de Mamma Mia?!"). Então fui lá de curioso e assisti Mama, um filme de terror. E gostei, embora tenha me irritado com um ou outro clichê que, argh, desnecessários. O roteiro é bacana, tem uns clichês, mas um final que surpreende (me surpreendeu) e as menininhas que atuaram, nossa, atuaram impecavelmente. Pra quem curte um terrôzinho, assista!

Sexta eu fiquei afim de aloprar. Procurei um filme que fosse totalmente zoado, e assisti depois do almoço. Tenacious D foi o escolhido. Tava na minha lista porque uns amigos falavam bem dele e tal, e é com o Jack Black (gosto da personalidade dele, e da relação dele com a música). E, perdão amigos, fiquei um pouco decepcionado. Esperava mais das músicas, do roteiro e do filme em si. O Jack Black é irado, e a cena dele no final com o Dave Grohl (o vocalista do Foo Fighters, se você não conhece pelo nome) é que condecorou o filme. De resto, nada demais. Não me tirou muitas risadas. Ah, o molecote que interpreta o JB no começo do filme atua maneiro, consegue refazer bem os trejeitos.

Já batia mais de 1 semana na maratona, e o domingo chegara. Decidi por assistir Drive. Era o mais curto dos que pretendia (e me faltava tempo), além de já estar a um tempão na espera de ser assistido. E gente, que filme. Que trilha. Que roteiro, que fotografia. Acho que TUDO estava bom, e a trilha tava excepcional. Não gostava muito do Ryan Gosling atuando, mas ele fez um bom trabalho neste filme, e os detalhes da atuação (propositais) davam agonia. Mais um filme com o Bryan Cranston, eterno Walter White (Breaking Bad), fazendo um ótimo trabalho na frente das câmeras. É um filme imperdível. A trilha sonora tem uma pegada de synth dos anos 80, e encaixa como uma luva nas cenas. Saca só (a minha preferida):
Na segunda fiquei novamente em dúvida. Afinal, tem tanta coisa que ainda não assisti (ou não como deveria) que sei lá, é difícil faltar opções. Escolhi Jogos Vorazes, não sei por qual motivo. Mentira, foi por causa da Jennifer Lawrence, uma das melhores (e mais lindas) atrizes da nova geração. Não tinha lido o livro. Mas abriu o meu apetite por ele. Sei que fiz errado (continuem me julgando, abraços), mas tou com outras leituras pendentes e não iria esperar pelo filme. Não achei lá um filmão, mas é divertido e faz algum (assim imagino) jus a história, com críticas às sociedades totalitaristas, e à mídia alienante (ou alienadora?). Lerei o livro futuramente, quero saber como funciona a história direito, e de repente já saber como vai ser o próximo filme. Esse tema Battle Royale é apreciável.

Agora vocês percebem a quantidade de filmes bons e/ou conhecidos que eu deixei de ver por tanto tempo e fazem julgamentos com várias pedras na mão. Fiquem à vontade, mas agora posso dizer que eu os assisti e que minhas férias me ajudaram nesta empreitada. Queria fazer o tal dos 365 em um ano, mas não me comprometi por saber que é impossível. Quer dizer, nada é impossível, mas tem sempre dias cheios, e dias ruins, e dias que você desaba no sono, então você sempre ficará devendo. Enfim, se você chegou até aqui, comente qualquer coisa (relativa ou não ao post) e adicione a palavra "cereja" a este. Espero poder fazer uma nova maratona as soon as possible.
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