sábado, 12 de maio de 2012

Resenha: Homem Aranha Noir ;

Ganhei no natal passado um vale-presente da Saraiva e até então não tinha usado. Num dia pelo shopping, avistei um HQ encadernado bonito pra caramba. Não conhecia nada de quadrinhos até começar a acompanhar o blog e afins do @izzynobre, que coleciona uma penca de Marvels e de vez em quando resenha alguns que considera bons. Aí fui olhar né, pra satisfazer a curiosidade.

O tal HQ era o Homem Aranha Noir. Noir é aquele estilo artístico marcado pelo alto-contraste e uso de poucas cores, principalmente preto, branco (pra contrastar) e cores quentes, como amarelo e vermelho, sempre abusando das sombras. Sin City e The Girl with the Dragon Tattoo são dois exemplos de filmes com essa atmosfera.

Dei uma folheada lá, os sofás da loja estavam ocupados, então não ia ficar lendo o prefácio em pé ali. Eu imaginava que seriam caríssimos como a maioria é no Brasil, mas esses, como eram edições pequenas, tinham um bom preço. Considerei buscar um pouco mais sobre a série, mas já estava feliz por achar um possível uso pro meu vale-presente.

Googlei um bocado a respeito do HQ e decidi comprar. No site do sr. Saraiva ainda tava com um desconto bacana, então não tive que pensar duas vezes. Chegou antes do prazo máximo. Abri vorazmente, porque né, queria ver qual era a do bagulho.

Será que alguém irá ler esse alt text pendurado como a teia do Aranha?
Tenho foto da caixa também, mas é só um pacote genérico do Sr. Saraiva
Abri logo o primeiro pra começar a ler. As páginas ainda grudadinhas por aquela estática (ou pelo tipo da folha mesmo). O enredo é maneiro e as ilustrações são bem desenhadas. A história se passa em 1933, na época da depressão americana pós quebra da bolsa de NY. A crise se agrava e a pobreza vira situação comum. Com isso dá pra perceber que não há aquela coisa bonita da atualidade, nem tecnologia pra caramba. E tudo isso nessa atmosfera noir, dando o melhor toque de ambientes mal iluminados e pouco coloridos, que tornam os lugares mais realistas.

No papel é ainda mais bonito e menos reluzente
A justiça é outro fator precioso da história. Como a sociedade vive um momento péssimo, pessoas poderosas manipulam informações, julgamentos, nas máfias criminosas. A essência é a mesma. Peter Parker é um fotógrafo iniciante, contratado como assistente. Numa situação, acaba tendo contato com uma aranha venenosa que, pela picada, lhe confere poderes.

O elenco comum é transportado para o contexto da HQ, então teremos Norman Osborn, May Parker, J.J. Jameson e mais gente já conhecida. O herói usa uma vestimenta um tanto quanto diferente, obviamente adequada à época, e que lhe permite manter a identidade secreta.

le ~spiderman~
Quadrinhos são realmente maneiros, mas, como muita coisa nesse país, são caros. Não deixam de valer a pena, mas para montar uma coleção bonita é necessária uma renda. Desde já começo a minha, de grão em grão.

No geral, gostei bastante da história, das ilustrações bem feitas. Não manjo dos HQ pra saber se tinha alguma incoerência (que se existir, deve-se à realidade alternativa né), mas foi uma grana bem gasta. Uma pena não ter mais do Homem Aranha. Tou pra comprar mais um da coleção Noir, o dos X-Men. Só falta ter estoque em algum lugar, ou então terei que pedir da editora mesmo. E quem sabe o resto da coleção, a premissa deles é muito atraente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...